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27 de dez. de 2017

Renda Tenerife no Museu Lázaro Galdiano - Madrid/Es





Pañuelos de Cerimonia de la coleción del Museo Lazaro Galdiano. 
O empenho dos museus de Espanha em compartilhar seu acervo com interessados é fascinante. 


Agradeço a Conservadora Chefe, D. Amparo López, o Diretor da Biblioteca, Juan Antonio Yeves Andrés e Da. Mercedes Tostón.




Pañuelo de nipis guarnecido con encaje de Tenerife en ruedas
incompletas sobre malla tejida a parte - 355mm de lado


Pañuelo de nipis guarnecido con encaje de Tenerife en ruedas
incompletas sobre malla tejida a  parte - 370mm de lado


Pañuelo de seda natural, con orla de encaje de Tenerife en
blanco y azul muy pálido - 350 mm de lado


Pañuelo de seda natural rosa pálido con orla de encaje de Tenerife
 en medias ruedas imbricadas. Centro blanco 365mm de lado


24 de dez. de 2017

Prestando contas : doações do Brasil à Sala da Roseta do Museu de Artesania de Tenerife.

Museo Iberoamericano de Tenerife-MAIT
           
                Em novembro último, representando o Brasil, participei da I Jornada Internacional “Roseta de Tenerife” em Tenerife, Ilhas Canárias. O encontro reuniu Velho e Novo Continente em torno da Roseta Canária, técnica de fazer renda artesanal que, a partir do Arquipélago das Canárias, se espalhou pelo mundo e deu origem a rendas com características diversas nos vários locais em que se aculturou. No Brasil originou a Renda Tenerife, também chamada aqui  Nhanduti e Renda Sol.

            O evento foi parte de um programa de promoção das Rosetas desenvolvido pelo Museu Iberoamericano de Artesanato de Tenerife – MAIT que mantem em seu edificio sede, na cidade de La Orotava, a “Sala da Roseta”. Nela não só está exposta a ancestralidade da técnica, através de rendas dos séc. XVII e XVIII,  mas também sua dispersão pelo mundo, expondo peças tecidas nas várias regiões em que a técnica se aculturou tais como Paraguai, Porto Rico, Cuba, Estados Unidos, Croácia...

        Além da palestra para a qual fui convidada, em que fiz um esboço da história da Renda Tenerife no Brasil e um mapeamento da técnica mostrando o formato que a renda tomou nas mãos dos artesãos brasileiros nesses dias, eu entendi que tinha outro compromisso, o de levar para a “Sala da Roseta” para ali ficarem expostas, exemplares de Renda Tenerife tecidas no Brasil.

  E agora presto contas do quanto me comprometi.

         Assim, além de trabalhar pela promoção da Renda Tenerife Brasileira através de uma palestra cuja intenção foi de contribuir com a história da técnica no Brasil, cumpri o prometido a herdeiras de rendeiras dos anos 1950 com que estive nos meses anteriores à ida ao evento. Cumpri o comprometido com Maria Fernanda Vita de Araujo, de Socorro/SP  e levei os módulos tecidos por sua mãe, Da. Gladys Vita (nº1 na foto) para a Sala da Roseta, assim como fiz com Neyde Foux e Arlete Garcia, de São Paulo/SP, entregando ao Museu Iberoamericano de Tenerife – MAIT as peças das artesãs Da. Elvira Manetti (nº2) e  Da. Isabel M. Garcia (n.º3). Todas essas peças são representativas da produção de meados do século passado, anos 1940-60, época em que a Renda Tenerife teve expressão económica no Brasil.

         Agradeço a confiança que depositaram e termino informando que a foto anexada é de uma vitrine da Exposição Temporária montada durante as Jornadas Internacionais das Rosetas em novembro último no Museu.  O material doado deverá ser integrado ao acervo em Exposição Permanente na “Sala das Roseta” do MAIT. Informações sobre as peças como autoria e localidade de procedência foram entregues juntamente com elas à responsável do Museu, Sra. Milagros Amador, e deverão ficar obrigatoriamente arquivados no inventário das peças do MAIT.

            Quem quiser conhecer um pouco do Museu Iberoamericano e da Sala da Roseta pode clicar sobre as palavras em vermelho e acessar os sítios.