"Se V. possui uma renda tenerife antiga, achou um bastidor ou uma toalhinha no baú, compartilhe essa preciosidade com outros interessados e rendeiras. Entre em contato conosco para obter com o mediador as instruções para ser co-autor do MUSEU VIRTUAL e fazer um post com sua peça. Ou mande a foto que faremos a postagem em seu nome"
"Si tiene un antiguo encaje de tenerife, has encontrado un cojin o un mantelito en el baúl, comparta esta joya con encajeras y otros interesados. Póngase en contacto con nosotros para obtener las instrucciones con el mediador y hacer un "post" con su pieza como coautor del MUSEO VIRTUAL. O envia una foto que se publicará en su nombre."
"If you have an old tenerife lace, found a rack or a small doillie in the family chest, share this preciousness with other parties concerned and lace-making. Please contact us to obtain with the mediator the instructions to be co-author of the VIRTUAL MUSEUM and make a post with your play. Or send us a photo and we will make posting on your behalf."
24 de set. de 2018
17 de set. de 2018
MUSEU MUNICIPAL DE ATIBAIA ENTRA PARA O CADASTRO ESTADUAL DE MUSEUS
Na cidade de Atibaia, o Museu Municipal João Batista Conti foi incluído no Cadastro Estadual de
Museus, pertencente ao Sistema Estadual de Museus do Governo do Estado de São Paulo. Agora,
depois de um processo de qualificação, o museu de Atibaia passa a fazer parte da ferramenta que
objetiva sistematizar informações sobre as condições técnicas e padrões normativos do setor em
território paulista, facilitando a pesquisa e a busca de informações por pesquisadores, estudantes e
interessados em museologia. O Museu João Batista Conti recebe cerca de 10 mil visitas ao ano e tem,
atualmente, 8752 peças no acervo.
No acervo os visitantes podem observar peças e documentos que remontam ao Brasil Colonial,
Império e República, distribuídos em sete salas e um saguão principal. Obras de acessibilidade e
reparos nas janelas e no telhado do prédio histórico também estão previstas no planejamento de
manutenção da Prefeitura, em parceria com o ITEC, para a reforma do espaço cultural.
Também integram o acervo do Museu Municipal de Atibaia as obras de Benedito Calixto e Yolando
Malozzi, além de coleções de numismática, arte sacra, mobília, folclore e moda. No local há uma
biblioteca histórica para pesquisa, com documentos, atas da Câmara, acervo fotográfico e exemplares
dos principais jornais da cidade desde a década de 1950.
O prédio, feito com paredes de taipa de pilão e pau-a-pique, foi construído em 1836 para ser,
simultaneamente, Casa de Câmara e Cadeia de Atibaia, funcionando assim até 1953. Passou por um
processo de restauração, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN) e, a partir de 1961, começou a abrigar o Museu Municipal.
O museu recebeu o nome de João Batista Conti em homenagem ao benemérito cidadão que, ao longo
de sua vida, reuniu diversos objetos históricos que deram início ao acervo, além de obras escritas
sobre a história da cidade. No dia 1º de setembro é comemorado o aniversário de nascimento do
idealizador e patrono do museu.
O Museu Municipal João Batista Conti é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico de São Paulo (Condephat), pelo IPHAN e pelo Conselho Municipal de Cultura de Atibaia.
Localiza-se na Praça Bento Paes, no Centro de Atibaia. A visitação é gratuita e pode ser realizada de
terça-feira a domingo, das 11h30 às 17h30. Mais informações pelo telefone (11) 4412-7153 ou pelo
4 de set. de 2018
Coleção Roquette-Pinto de Renda Nhanduti transformou-se em cinza.
" ... quando perdemos um museu como esse, perdemos também uma parte importante e valiosa da nossa capacidade de imaginar outros mundos. Afinal, é disso que trata a antropologia, falamos, analisamos e descrevemos outros mundos. E, com isso, alargamos a nossa capacidade imaginativa de querer, sonhar, imaginar e construir modos diversos de estarmos vivos."
fonte: Isabela Oliveira facebook de 2/09/2018
Incêndio no dia 2/9/2018 queimou a quase totalidade daos 20 milhoes de peças do Museu Nacional
Edgard Roquette-Pinto foi autor do primeiro estudo sobre a Renda Nhanduti de que se tem notícia. Foi médico legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo, ensaísta e membro da Academia Brasileira de Letras
Seguindo os caminhos dos primórdios da Antropologia, Roquette-Pinto conheceu o interior do Continente Latino Americano ao ser designado pelo Museu Nacional, nas décadas iniciais dos 1900, para, seguindo o caminho percorrido pelo Mal. Rondon ao mapear as fronteiras telegráficas brasileiras, coletar material para o acervo do Museu. Esteve também ligado à Universidade de Asunción, onde trabalhou por 4 anos.
Do circuito e convívio, além do material coletado que integrava a bela coleção etnográfica do Museu Nacional e da obra literária que colaborou para perpetuar a missão de Rondon, trouxe ele uma pequena coleção de Renda Nhanduti, elaborando o primeiro estudo sobre a Renda trazida do Paraguai de que se tem notícia.
O foco do estudo de Roquette-Pinto é a simbologia adotada pelas rendeiras nos padrões que os módulos da renda passam a estampar, catalogando os motivos adotados por essa população "criolla".
A tecelagem, que em sua origem canária é básicamente floral, passa a ter desenhos da fauna, da flora e do mundo circundante nas suas tramas. O texto "Notas sobre o Ñanduti do Paraguai" foi publicado pelo Boletim do Museu Nacional em 1927.
As fotos anexas, quase furtivas, do momento em que as peças eram tiradas das caixas, foram as únicas que me foram autorizadas fazer na visita ao acervo que fiz há cerca de 5 anos atrás quando solicitei consultar a coleção de Roquette-Pinto!
Agora a coleção de Renda Nhanduti virou cinza juntamente com quase 20 milhões de peças do mais importante Museu da América Latina no incêndio de 2 de setembro. E sequer boas fotos da coleção restaram!
Fica o relato para registrar minha tristeza e, principalmente, registrar a existência deste acervo que se perdeu. Até porque talvez que eu seja a única pessoa nesse país que vai se lembrar dele entre tanto que se perdeu.
Edgard Roquette-Pinto foi autor do primeiro estudo sobre a Renda Nhanduti de que se tem notícia. Foi médico legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo, ensaísta e membro da Academia Brasileira de Letras
Seguindo os caminhos dos primórdios da Antropologia, Roquette-Pinto conheceu o interior do Continente Latino Americano ao ser designado pelo Museu Nacional, nas décadas iniciais dos 1900, para, seguindo o caminho percorrido pelo Mal. Rondon ao mapear as fronteiras telegráficas brasileiras, coletar material para o acervo do Museu. Esteve também ligado à Universidade de Asunción, onde trabalhou por 4 anos.
Do circuito e convívio, além do material coletado que integrava a bela coleção etnográfica do Museu Nacional e da obra literária que colaborou para perpetuar a missão de Rondon, trouxe ele uma pequena coleção de Renda Nhanduti, elaborando o primeiro estudo sobre a Renda trazida do Paraguai de que se tem notícia.
O foco do estudo de Roquette-Pinto é a simbologia adotada pelas rendeiras nos padrões que os módulos da renda passam a estampar, catalogando os motivos adotados por essa população "criolla".
A tecelagem, que em sua origem canária é básicamente floral, passa a ter desenhos da fauna, da flora e do mundo circundante nas suas tramas. O texto "Notas sobre o Ñanduti do Paraguai" foi publicado pelo Boletim do Museu Nacional em 1927.
As fotos anexas, quase furtivas, do momento em que as peças eram tiradas das caixas, foram as únicas que me foram autorizadas fazer na visita ao acervo que fiz há cerca de 5 anos atrás quando solicitei consultar a coleção de Roquette-Pinto!
Agora a coleção de Renda Nhanduti virou cinza juntamente com quase 20 milhões de peças do mais importante Museu da América Latina no incêndio de 2 de setembro. E sequer boas fotos da coleção restaram!
Fica o relato para registrar minha tristeza e, principalmente, registrar a existência deste acervo que se perdeu. Até porque talvez que eu seja a única pessoa nesse país que vai se lembrar dele entre tanto que se perdeu.